Carlos Eduardo é um “camaleão oportunista”, diz Janeayre Souto

POR AGORA RN, 07/05/2022

Sindicalista acredita que pedetista se arrependeu de ter apoiado Jair Bolsonaro apenas por conveniência eleitoral

Adenilson Costa | Repórter de Política

“Camaleão oportunista”, criticou a líder do PSB Sindical no Rio Grande do Norte, Janeayre Souto, sobre a postura adotada pelo pré-candidato ao Senado Carlos Eduardo Alves (PDT) para as eleições deste ano. O pedetista, que apoiou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o segundo turno das eleições de 2018 e realizou inúmeros ataques ao ex-presidente Lula (PT), sendo opositor ferrenho da gestão petista no Estado, atualmente se tornou aliado do PT e caminha ao lado de Fátima Bezerra na chapa majoritária, inclusive elogiando a administração da governadora petista.

“Carlos Eduardo, até hoje, é a favor do fascismo e do bolsonarismo em nosso Estado. Porém, a partir do mês de fevereiro deste ano, ele tem assumido outra postura, defendendo o presidente Lula e a governadora Fátima Bezerra. Mas, sabemos que ele sempre foi um defensor favorável a Bolsonaro em nosso Estado. Ele é um camaleão oportunista. Nunca concedeu uma declaração a favor do presidente Lula, mas agora, quando se avizinha as eleições, é que passa a defender Lula. O Estado sabe que Carlos Eduardo foi um defensor intransigente do governo Bolsonaro no RN”, afirmou Janeayre, em entrevista exclusiva ao AGORA RN, nesta sexta-feira 6.

Ela destacou ainda que, em nenhum momento, Carlos Eduardo se posicionou “a favor dos trabalhadores e contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista”. “Ao contrário, ele sempre defendeu as reformas, inclusive, no início do governo da professora Fátima Bezerra, concedeu entrevistas atacando o governo e defendendo Bolsonaro. É mais do que incoerente, é um oportunista, que caiu de paraquedas na tentativa de alcançar a vaga de senador”, advertiu.

“Lamentamos que o arrependimento dele, por ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro, tenha acontecido tarde demais. Ele se arrependeu apenas quando enxergou que poderia ter a possibilidade de ocupar uma vaga no Senado. Então, é um arrependimento tardio”, reprovou.
De acordo com a líder do PSB Sindical, “a população não suportará uma chapa completa com Alves do início ao fim. É inaceitável isso. É preciso ampliar esse leque de alianças. É preciso enxergar onde estão os reais aliados e não oportunistas. Como é que se justifica ter um Alves para senador e um Alves para vice-governador? Não pode ter o monopólio familiar em uma chapa majoritária. Por isso, defendemos a ampliação e o nome do deputado federal Rafael Motta para ocupar a vaga de senador da República”.

‘Ex-prefeito no Senado é o maior retrocesso do RN’, avalia

Na avaliação de Janeayre Souto, um possível ida de Carlos Eduardo Alves para o Senado é o maior retrocesso que o Rio Grande do Norte terá, “porque, eu, como muitos eleitores, não acredito que ele venha defender o governo de Fátima Bezerra e Lula, após a sua eleição. Já Rafael Motta tem demonstrado que tem lado e após o Congresso do PSB mostrou que o seu lado é dos trabalhadores, servidores públicos e da população do nosso Estado”.

A Líder do PSB Sindical no RN defende o nome do deputado federal Rafael Motta, que é aliado político da gestão Fátima Bezerra, ao Senado, porque ele votou contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, ambas propostas pelo governo Jair Bolsonaro.

“O lado de Rafael Motta é o lado dos trabalhadores, ele sempre defendeu o governo Lula e inclusive a reeleição do ex-presidente e da governadora Fátima, trazendo emendas parlamentares que ajudaram a governadora a fazer melhorias no Rio Grande do Norte”.
Apesar do presidente estadual do PT, Júnior Souto, ter declarado ao AGORA RN que reconhecia a importância da parceria com o PSB e com o Rafael Mota e admitir a legitimidade e representatividade que o deputado federal tem para apresentar seus pleitos, ele enfatizou que, na chapa majoritária Fátima Bezerra (governadora), Walter Alves (vice-governador) e Carlos Eduardo Alves (senador da República), não existe espaços para novas discussões.

“Nós acreditamos que, enquanto no houver a convenção partidária, tudo é possível, o diálogo, sensibilidade, atender ao chamado da população que não suportará uma chapa majoritária composta só por Alves”, pontuou.l

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