Imagina você não ser obrigado a enfrentar salas de aula cheias, ser colocado para trabalhar bem longe de sua função e ainda receber 10 horas suplementares e jetons para cada reunião que participar durante o desvio de função?
Explicando: O professor pode fazer uso de até dez horas suplementares, ou seja, pode usar até “10h extras” para completar a sua jornada do magistério, em atividade na unidade escolar.
Já os jetons são pagamentos realizados a membros de um conselho ou órgão a cada sessão/reunião do colegiado.
Essa é a realidade de quatro professoras que atuam na Comissão Permanente de Sindicância (CPS), da SEEC. Dos 5 membros, quatro são professoras que não dão nenhuma aula na rede estadual de ensino.
Wiviane Jussara da Silva Costa, professora de química; Maria Augusta de Carvalho, professora de Matemática; Jesane Morais Neves de Paiva, professora de artes; e Ambrosina Leite da Costa, pedagoga, estão à frente da CPS/SEEC.
Como de costume, a política de desvio ilegal de função enraizada na secretaria de Educação é muito benéfica para professores. Além da distância do ambiente escolar, que pode ser muito estressante, ainda há ampliação de benefícios financeiros.
Questionamos: qual a necessidade de professores participarem de uma comissão que tem como finalidade a apuração de infrações durante o exercício funcional de servidores da secretaria de Educação.
A comissão deveria ter em seu quadro servidores técnicos, assim como todas as funções administrativas do órgão central da secretaria de Educação.
Enquanto isso nas escolas estaduais estão faltando professores nas salas de aula.
Veja mais informações:
Desvio de função: se você conhece casos nos órgãos do Estado, entre em contato com o SINSP
SINSP/RN