Flipipa chega à 5º edição e promete movimentar a praia da Pipa em agosto

Dácio Galvão, da Fundação Hélio Galvão, falou sobre a programação do festival literário.

Presidente da Funcarte, Dácio Galvão, falou sobre a programação do festival e as ações da pasta para o segundo semestre.

O melhor da literatura brasileira em um dos mais bonitos cenários do litoral do Rio Grande do Norte. A 5º edição do Festival Literário da Pipa (Flipipa), acontece de 7 a 9 de agosto deste ano, na Praia da Pipa. Na programação nomes como Ariano Suassuna, Jorge Mautner, José Carlos Capinan, José Miguel Wisnik, Rodrigo Lacerda, Mário Magalhães.

O representante da Fundação Hélio Galvão e um dos organizadores do festival, Dácio Galvão, falou sobre o evento e as ações da pasta para o segundo semestre deste ano, em entrevista ao jornalista Diógenes Dantas.

Diógenes Dantas: Dácio, essa é a quinta edição?

Dácio Galvão: É a quinta edição, Diógenes. A gente vem dentro de uma perspectiva de dar continuidade. A edição do ano passado não ocorreu, mas felizmente esse ano recebemos o chamado. O Flipipa passou a ser um coletivo. Os parceiros e apoiadores interessados nesse projeto e como a gente vinha num prejuízo das edições anteriores a gente tinha resolvido não fazer mesmo.

DD: Isso no ano passado?

DC: Exatamente.

DD: Foi por uma questão financeira?

DC: Foi por uma questão financeira. É um projeto aberto, gratuito com grandes nomes da literatura, escritores que estão nos grandes fóruns internacionais e nacionais para debater e literalizar os ouvintes que ali vão.

DD: Independente de não ter tido ano passado, já entrou no calendário de eventos do RN e da praia da Pipa.

DC: É verdade. Eu tive a honra de adentrar em uma das maiores editoras da América Latina, que é a Companhia das Letras e lá, num dando momento no setor de marketing entrei. Ela é parceira e está sempre na estrutura da Flipi de Parati.

DD: Que é a primeira que acabou gerando essas filhas, né?

DC: Exatamente. O Flipipa figurava lá nos no casting da Companhia das Letras, o que é um motivo de reconhecimento, de respeito ao projeto.

DD: Dácio, o que está na programação este ano?

DC: Esse ano vamos abrir com José Miguel Wisnik e Jorge Mautner no primeiro dia. José Miguel está vindo falar sobre a poética de Paulo Leminski, depois Jorge Mautner que vem com o projeto “Kaos com K” e tem 12 livros publicados. No dia seguinte teremos uma temática de caráter biográfico que tem o Rodrigo Lacerda, fazendo desde a República até os dias atuais, da trajetória da família Lacerda.

DD: O Rodrigo é parente do Lacerda, não é?

DC: Exatamente. Ele vem lançar, dar autógrafo e vai fazer palestra sobre essa biografia de família romanceada, digamos assim. Tem sido, inclusive, muito elogiado do ponto de vista de gênero mesmo, além do aspecto biográfico a voltagem textual que ele tem.

DD: O livro do Rodrigo é a República das Abelhas. É um romance histórico.

DC: Tem um cunho histórico e biográfico. E temos também na mesma noite Mário Magalhães com Carlos Marighella, o guerrilheiro que incendiou o Brasil. No dia seguinte, fechando a programação nós teremos a presença do poeta José Carlos Capinan, no “Fala poeta”, onde ele vai contar sua própria trajetória literária e poética e fecha com Ariano Suassuna, que vai dar uma palestra sobre o romance no Nordeste brasileiro.

DD: Grande Ariano Suassuna, muito conhecido na nossa região.

DC: Temos ainda uma expectativa de termos, provavelmente, Fernanda Torres ou Maité Proença discutindo literatura, mas isso não é confirmando ainda. Está em processo de articulação. Isso à noite. Durante o dia nós temos uma vasta programação também, com oficinas de mediação de leitura, onde os parceiros entram fortemente nisso.

DD: Qual a data, é no começo de agosto?

DC: É em 7, 8 e 9 de agosto, ou seja, quinta, sexta e sábado.

DD: Entrada gratuita?

DC: Gratuita.

DD: Qual o procedimento para participar das oficinas?

DC: É chegar lá e se inscrever.

DD: A inscrição é na hora?

DC: É.

DD: Dos anos anteriores, qual o público esperado?

DC: Essa estimativa de público é sempre controversa, mas a estimativa que tivemos de circulação de público de 8 a 10 mil pessoas.

DD: Qual o local?

DC: Vai ser no primeiro estacionamento à direita, quase em frente do Budega Brasil. Acho que vamos ter um bom resultado.

DD: Sobre a agenda de Natal, o que a gente pode esperar das ações da Prefeitura do Natal nesse segundo semestre?

DC: A Prefeitura do Natal no segundo semestre tem um grande projeto que é o Natal em Natal. O calendário cultural está voltando e a ideia é trabalhar sempre com um processo cada vez mais intenso de democratização no que diz respeito ao acesso dos produtores aos artistas em todas as áreas. Isso significa dizer o lançamento de edital público para todas as áreas de todos os seguimentos e isso tem sido uma novidade. Estamos lançando em torno de 18 editais públicos, inclusive, de festas religiosas.

DD: Do ponto de vista financeira essa área de cultural está em dia com a contratação de bandas, músicos, artistas? Aliás, era uma reclamação recorrente na gestão passada.

DC: Não, nós não temos nenhum problema dessa ordem. É importante esclarecer que os órgães de controle hoje, eles são pouco flexíveis nos procedimentos administrativos. Então, é importante que o artista cada vez mais se aproprie desse mecanismo. A pessoal chega até com um tom de desabafo achando que é órgão que dificulta, quando na realidade é uma lei nacionalizada que deve ser seguida por todas as instituições.

A programação detalhada do 5º do Festival Literário da Pipa (Flipipa) está disponível no site do evento, no endereço eletrônico http://www.flipipa.org/

O Flipipa é uma realização do Projeto Nação Potiguar e Fundação Hélio Galvão e conta com o patrocínio da Ecocil, além dos parceiros Sistema Fecomércio/Sesc, Fiern/Sesi, Rede Intertv Cabugi e Sebrae.

FONTE: nominuto.com, 20/07/14

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