POR José Arnaldo Fiuza Lima* Temos reiterado nos artigos que estamos a redigir à sociedade potiguar que atualmente as duas imediatas razões financeiras para a grave crise fiscal que atravessa o Estado do RN são o déficit previdenciário e os elevados valores dos duodécimos, não desprezando os motivos de cunho gerencial, muito menos os de natureza política, pois, em análise aprofundada, são estes e não somente àqueles a real, histórica e verdadeira fonte do que ora se passa em terras potiguares. Causa revolta e indignação o atual discurso propagado e repetido por nossos políticos, desde o Governador do Estado até parte dos parlamentares federais e estaduais, quanto à necessidade de se aprovar o pacote fiscal contido no "RN Urgente", sob uma falaciosa argumentação, em que concomitantemente cada um deles busca se eximir de qualquer culpa pela crise fiscal em que estamos inseridos, como também tenta nos convencer que, em busca da necessária saneabilidade das contas governamentais, não devemos olhar "para trás", "no retrovisor", apontando culpados, mas sim, somente com a visão no presente e no futuro, buscarmos resolver o hodierno problema financeiro. Se estivéssemos em um circo, esta prosa seria motivo para boas gargalhadas, mas dita por nossos governantes, soa como […]