Professor que matou amante e enterrou no quintal de casa recebeu salário por quase 05 anos da SEEC mesmo sem nunca ter trabalhado
Um professor da rede estadual de ensino do RN, condenado por feminicídio ocorrido em 2020, continuou recebendo salários regularmente até julho de 2024, mesmo sem nunca ter comparecido ao trabalho.
O caso, revelado após o Censo da SEEC, expõe graves deficiências no controle de frequência e pagamento de professores pela Secretaria de Estado da Educação.
Professor nunca trabalhou, mas sempre recebeu
Rubens Ferreira de Paiva Júnior tomou posse como professor em março de 2020, apresentou-se na escola designada e nunca mais retornou.
Apesar disso, apenas em novembro de 2020 a direção da escola informou a DIREC sobre o ‘desaparecimento’ do professor.
O professor permaneceu normalmente na folha de pagamento da SEEC, mesmo sem nunca ter batido ponto no Estado. O custo para os cofres públicos supera os R$ 400 mil em vencimentos e benefícios previdenciários ao longo de quatro anos.
O crime hediondo
Em maio de 2020, Rubens Ferreira Paiva Júnior foi preso por feminicídio e ocultação de cadáver, condenado no ano seguinte a 18 anos de prisão pelo assassinato de uma mulher, cujo corpo foi enterrado no quintal de sua casa.
Apesar da condenação penal e do professor nunca ter trabalhado, a SEEC manteve os pagamentos até julho de 2024.
“Esse é um episódio inadmissível não só para a secretaria de Educação, que mais uma vez comprova seu descontrole, mas para todo o Estado do Rio Grande do Norte. Gostaria de saber onde está a secretaria de Estado das Mulheres e dos Direitos Humanos do RN que não tomou as medidas necessárias para esse escândalo não acontecer”, disse a presidenta do SINSP, Janeayre Souto.
O SINSP juntou documentos sobre o caso e entregará para o Ministério Público do RN e Ministério Público de Contas, para que o dinheiro seja devolvido aos cofres público, pois até o momento não houve nenhum processo para que isso ocorra, por parte da SEEC.
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