Respeitem os trabalhadores em educação do Rio Grande do Norte

Da Redação

Usamos esse espaço para dialogarmos com você que é trabalhador ou trabalhadora em educação no nosso estado.

Não entendemos como a burocracia e as práticas antisindicais tomou e toma conta do maior sindicato do nosso estado, como é o caso do SINTE/RN.

É triste chegar a essa conclusão. Mas ela é real e verdadeira.

As reuniões de direção do SINTE sumiram hoje só se reúnem no sindicato aqueles que pensam iguais, aqueles que comungam com o massacre por parte da direção junto à categoria.

As decisões da atual direção do SINTE deixaram de ser tomadas pela direção do sindicato e passou a ser tomadas na sala da coordenação geral do SINTE. Que traz uma sana perseguidora, da truculência e a ausência do dialogo como o carro chefe do final dessa gestão do sindicato.

É dito a toda hora na sede central do SINTE, que não existem motivos para convocar assembleias das redes municipal e estadual dos trabalhadores em educação.

Segundo a coordenação geral do SINTE não tem pra que, esse assembleísmo. Isso para nós é um absurdo. Mas a burocracia não encaminha. A burocracia instalada hoje no SINTE tem medo da base, por que sabe que a base não aceita mais o dialogado apresentado por eles.

Se não existem motivos para assembleia da rede estadual e municipal da cidade do Natal, não sei mais o que dizer:

Ainda quando estávamos em greve, consegui aprovar em uma assembleia dos trabalhadores em educação, no inicio do mês de julho o seguinte: O SINTE deverá ser substituto processual da categoria nas seguintes ações: 1 – Implantação imediata de 1/3 da jornada do magistério estadual, até por que desde abril que o supremo já deliberou sobre esse assunto; 2 – 25ᵃ hora do magistério da rede estadual, isto é, como a atual jornada de trabalho do magistério estadual é 30 horas, sendo 24 horas em sala de aula e 06 de extra regência, muitos professores tem hoje uma jornada de 25 horas. O objetivo dessa ação é fazer com que o estado reponha ao professor essa hora trabalhada a mais na sua jornada.

Vejam bem, as proposições dessas duas ações judiciais foram deliberadas lá na assembleia do início de julho, estávamos em greve na rede estadual de ensino em nosso estado. E até agora a direção do SINTE não encaminhou nada. Você que ler esse artigo agora, pode até se perguntar e por que quem escreve esse artigo não encaminhou a resposta para isso é simples. Por mais que a gente cobre e tenha cobrado que se acione a assessoria jurídica, a burocracia não agiliza e não tem interesse por esse tipo de ação. Eles não deixam a gente encaminhar e em conjunto com a categoria obter essas vitórias. Vamos ver se depois dessa cobrança eles encaminham.

O estado que se comprometeu em realizar a revisão do PCCR do magistério, nem fala nessa revisão. E a direção do SINTE o que diz, diz que não existem motivos para a realização de uma assembleia. Talvez na quinzena de janeiro de 2012, seja realizada uma “certa” assembleia. Quem fala em Revisão do PCCR do Magistério?

E as promoções verticais, que hoje já chega à casa de quase 2.700 promoções não publicadas e não pagas.

Ah, e os professores do quadro suplementar, que não receberam as parcelas dos 34% dadas ao magistério retroativo ao mês de setembro, mas, assembleia não existe motivos para realizar.

Nós temos o abono de permanência publicados e não pagos, nós temos o abono de permanência não publicados e não pagos. As promoções horizontais (letras), pecuniárias, títulos em resumo existe uma lista enorme de direitos dos trabalhadores em educação que estão sendo sonegados pelo governo estadual, sem falarmos nas licenças prêmios direito que o estado não concede a quem está em sala de aula, a quem está com o giz na mão. Mas nada disso justifica a realização de uma assembleia.

Na rede municipal de Natal, nem fale. A prefeita junto com a SME faz o que querem, a categoria solicita, se mobiliza para uma assembleia urgente, mas a direção à burocracia do SINTE, não está nem ai. Fica informando coisas que a categoria sabe que não é verdade e que não está acontecendo.

Na rede municipal tivemos uma greve que o poder judiciário fez o que quis com a categoria, impôs através de uma TAC (termo de ajustamento de conduta) o encerramento da greve na rede municipal. A prefeitura da cidade do Natal, não cumpriu nem com 10% dessa TAC. Perguntamos por que a coordenação geral do SINTE não acionou o poder judiciário para exigir que a prefeitura cumprisse a sua parte na TAC, alguém sabe, eu não sei.

Aprovamos na última assembleia da rede municipal realizada na ASSEN que a assessoria jurídica do SINTE deveria entrar na justiça exigindo que a prefeitura cumpra com a sua parte na TAC, mas para triste surpresa nossa até agora essa ação não foi providenciada, talvez não interesse, tenho certeza que a categoria que aprovou esse encaminhamento na última assembleia interssa essa ação judicial.

E hoje a rede municipal do Natal tem problemas quanto ao Vale Transporte, que é descontado do salario do professor municipal e os vales não são liberados, criação da comissão de análise do crescimento da receita municipal, reposição salarial, etc.. Ah, e ainda não temos motivos nenhum para realizarmos uma assembleia com a rede municipal.

1/3 da jornada de trabalho

O poder judiciário em vários estados e em muitos municípios tem sido favorável aos trabalhadores em educação. Tem julgado no sentido de obrigar aos estados e aos municípios encaminharem de imediato à nova jornada de trabalho, e aqui em nosso estado, o SINTE ainda está pensando nessa ação. Bem recente publicamos aqui nesse site, que a “Justiça manda o governo de São Paulo cumprir a nova jornada incluindo o 1/3 de extra regência para os trabalhadores em educação”, mas com o SINTE está sendo diferente, ainda estamos pensando em entrar com essa ação, na rede estadeual e municipal.

O MEC está propondo mudar o mecanismo de reajuste do Piso do Magistério, se isso acontecer o reajuste do Piso para o ano de 2012 cai de 22 para pouco mais de 6%. Mas ainda não temos motivos para realizarmos uma assembleia. Não precisamos discutir isso aqui no RN.

O que nós temos assistido é o autoritarismo as praticas antisindicais sendo exercidas e executadas pela coordenação geral do SINTE. Chegando ao ponto de ousarem nos proibir de entrar na audiência com a governadora no último dia 28 de outubro. Ora façam-me um favor!

A última da coordenação geral foi com a representação do SINTE junto ao DIESSE, onde o companheiro Anselmo Pamplona, foi escolhido no início dessa gestão para representar o SINTE junto ao escritório estadual do DIEESE. Mas na calada da noite a coordenação geral do SINTE, usa o poder da caneta, retira o nome de Anselmo e envia sem discussão em nenhum fórum de deliberação do SINTE, reafirmamos aqui nenhum fórum de deliberação, retiram o nome de Anselmo e colocam um dos coordenadores gerais do SINTE. Isso é um absurdo. Onde iremos parar.

Nós chamamos os trabalhadores em educação a abrirem o olho, a ficar com o olho bem aberto é urgente, é preciso coibir esse tipo de pratica. O tempo da ditadura ficou para traz.

Respeitem os trabalhadores em educação. Nós exigimos respeito.

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