POR DIAP, 31/8/2018 O partido que poderia desempenhar o centro mediador, o MDB, não teve condições de fazê-lo porque também estava em 1 dos polos na disputa do impeachment, inclusive como protagonista, já que o vice-presidente da República, Michel Temer, tinha interesse direto na queda de Dilma. Desse modo, com o esvaziamento do centro político, a eleição marcha indelevelmente, como todas as anteriores, desde a redemocratização do País, para confirmar que a polarização continua sendo, insofismavelmente, entre a esquerda e a direita. Marcos Verlaine* A divulgação, na quinta-feira (30), de pesquisa de intenção de voto para presidente da República realizada pelo DataPoder360 revela ou confirma aspectos muito interessantes que merecem análise. E muitas interrogações também. A cada pesquisa fica mais evidente que a polarização continua nos chamados “extremos” do debate político, isto é, entre a esquerda e a direita. A expressão está entre aspas, porque a rigor, por mais que a grande mídia insista que as posições são extremadas de ambos os lados, na realidade, o extremismo é só pela direita. Imputar a Lula ou ao seu substituto, Fernando Haddad, radicalismos é querer confundir o debate e os eleitores. “Lula é um mediador, está longe de ser um radical”, disse, […]