POR Tribuna do Norte, 10/06/2018 A advogado Eliana Calmon, ex-corregedora Nacional de Justiça, mantém uma crítica contundente ao Judiciário. Ela considera o pagamento de auxílio moradia aos magistrados uma excrescência. Mas reconhece que dificilmente essas vantagens serão retiradas. Eliana Calmon está preocupada com as perspectivas para as eleições deste ano. A advogado vislumbra o risco dos eleitores optarem, para presidente, por um populista, sem preparo, para enfrentar as crises do país. A senhora se notabilizou por fazer avaliações críticas do Judiciário. Desde que encerrou o mandato de corregedora no CNJ, em 2012, considera que a Justiça avançou? Há algumas melhoras. Mas existem, também, pioras. Por exemplo, um grande número de processos… Isso é natural em uma sociedade democrática, mas no Brasil existe uma demanda absurda por termos, hoje, ajuizados, segundo dados do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), mais de 100 milhões de processos. Parece que está agora em 80 milhões. Baixou com alguns incentivos, inclusive na Justiça do Trabalho. Mesmo assim, piorou muito. Existem muitos investimentos na área da Justiça, mas ainda deixa muito a desejar, principalmente no que toca à interferência política e à falta de recursos para a primeira instância da Justiça Estadual. Na Bahia, por exemplo, estamos […]