POR Tribuna do Norte, 13/06/2021 Mariana CeciRepórterHá um ano e três meses, o eco de dezenas de pessoas cantando juntas “O que é o que é”, de Gonzaguinha, não é mais ouvido às quintas-feiras à noite na Cidade Alta. A canção funcionava como um aviso para os que já estavam habituados. Era o sinal de que o Samba de Nazaré se aproximava do fim e, antes mesmo do final da canção, os frequentadores já começavam a pensar em qual seria a próxima parada: alguns seguiriam para o Bardallo’s, no fim da Rua Coronel Cascudo. Outros, para o Bar da Meladinha, apenas um quarteirão distante do Bar de Nazaré. Aglomerações, calor e proximidade, algo inimaginável no mundo pandêmico, eram regra no Beco da Lama e adjacências. Marca registrada da boemia natalense há décadas, o Beco cresceu em tamanho e importância nos últimos anos. Mais do que um local onde a vida cultural da cidade passou a florescer, ele também se tornou fonte de sustento para dezenas de famílias que prosperaram com a cena cultural da cidade. Mais de um ano depois do começo da pandemia, e ainda sem uma previsão sobre quando será possível retornar ao “velho normal”, trabalhadores e artistas […]