POR DIAP, 223/10/2018 Num ambiente desses, as escolas, a imprensa, os partidos, os movimentos sociais e sindicais e o próprio Estado precisam urgentemente investir na formação política, cívica e cidadã, sob pena de completa manipulação dos eleitores pelas máquinas, e da perpetuação de um paupérrimo nível de debate político/eleitoral. Antônio Augusto de Queiroz* As eleições de 2018 revelam mudança de paradigma na forma de fazer campanha no Brasil, com o ingresso definitivo da era digital nas disputas eleitorais, inclusive com o emprego da inteligência artificial no impulsionamento e direcionamento de mensagens a determinadas comunidades nas redes sociais. Saem os cabos eleitorais e entram os robôs na disseminação e até “diálogo” com os internautas. De fato, estas eleições romperam com os parâmetros das campanhas anteriores. Historicamente, 4 condições, além de bons programas de governo, sempre foram indispensáveis para se ganhar eleição no Brasil: 1) maiores e melhores palanques, 2) mais financiamento, 3) mais tempo de rádio e televisão, e 4) militantes de rua. As redes/mídias sociais tiveram importância estratégica nas eleições gerais e foram fundamentais para reduzir, e de forma drástica, a influência das estruturas e do dinheiro nas campanhas eleitorais. Partidos e candidatos com poucos recursos — caso do PSL […]