POR BDF, 28/03/2021 Ao BDF, Federici fala sobre o impacto da pandemia na vida das mulheres e a reorganização do movimento feminista José Eduardo Bernardes Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 28 de Março de 2021 às 09:08 Um levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) realizado no fim de 2020 mostrou que mais de 8,5 milhões de mulheres perderam seus empregos por conta da pandemia de covid-19. A participação feminina no mercado de trabalho é a menor desde 1990, quando elas representavam 44,2% da mão de obra – agora são 45,8%. A participação massiva das mulheres no setor de serviços, como comércio, empregos domésticos, entre outros, acentuou ainda mais as distorções de gênero no mercado de trabalho. Mas a pandemia também escancarou outros dados absurdos, como o aumento de 22% nos casos de feminicídios, apontados em um levantamento do Fórum Brasiliero de Segurança Pública em 2020. “A pandemia tornou mais visível, mais dramático, mais urgente aquilo que sempre existiu. Mas é claro que agora isso é muito mais visível. É bem visível que quem está morrendo são aqueles que sofrem mais discriminação, os que são os mais pobres”, explica a filósofa marxista, Silvia Federici. Neste mês […]